quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um Eclipse que não acaba,

“Eclipse”, que estreia hoje, não faz jus ao livro, considerado o melhor da série.

Por: Fêcris Vasconcellos.
Jornal Zero Hora.

"Transformar um livro em filme não deve ser tarefa fácil. Ainda mais quando se está lidando com a série de best sellers de Stephanie Meyer, Crepúsculo. Eclipse, terceiro título da saga cuja adaptação cinematográfica estreia hoje em todo país, tem uma narrativa que se estende por 629 páginas (edição em inglês) cheias de artifícios de linguagem e que usa a mais
potente tecnologia de reprodução de imagens: a imaginação do jovem leitor. Isso precisa ser reduzido a pouco mais de uma hora e meia de áudio, vídeo e um roteiro.

A qualidade técnica dos filmes segue aumentando em escala inacreditável. Do feio e tosco Crepúsculo (2008), passando por Lua Nova (2009) até o presente Eclipse (2010), foi um aumento de 100% no valor do orçamento.
Infelizmente, apesar da melhoria técnica, dinheiro não compra tudo. Nem em Hollywood.

Mesmo que tenha ganho de muitos fãs o status de melhor livro da série, Eclipse na grande tela é fraco. A impressão é de que se está em frente a um filme pego pela metade, durante o tradicional zapeio televisivo. Quando o telespectador finalmente consegue se familiarizar com a história de Bella (Kirsten Stewart) e Edward (Robert Pattinson), não demora muito a enfrentar a decepção de que, além de não ter começo, Eclipse também não tem fim. Simplesmente acaba, em preto, como numa falta de energia. O único indicativo de que é hora de ir embora é a rodagem dos créditos.

Parte da falha narrativa se deve ao desafio de adaptar o livro para a tela. Como muita coisa acontece na história original, o roteiro acaba não deixando claro qual sua linha central. Variando entre o dilema de Bella entre dois amores, o exército de vampiros que ameaça a família Cullen e a evolução do relacionamento entre uma humana e um vampiro, Eclipse explora todas as questões de forma superficial e não resolve nenhuma delas.

Mesmo não representando honrosamente o seu correspondente literário, o filme não deve deixar a desejar em arrecadação. Isso se deve à fórmula simples, velha e bem executada pela saga: transpor para a ficção os dilemas presentes na vida real do adolescente. Se Crepúsculo trata da descoberta do primeiro amor e Lua Nova das decepções que o seguem, Eclipse é um filme sobre escolhas. A mocinha que tenta escolher entre dois amores, o mocinho que precisa decidir entre sua felicidade e uma vida mais confortável para sua amada, o lobo Jacob
(Taylor Lautner) – com muito mais espaço neste filme – que enfrenta o desafio de se unir a um inimigo natural
pela segurança de sua amada. Mais do que a boa trilha – valorizada pela edição “a la” videoclipe – ou a beleza
(ainda não convertida em talento) dos atores principais, é a empatia que carrega tantos adolescentes aos cinemas.

Infelizmente, dessa vez, a bela e surpreendente história de amor criada por Stephenie Meyer não refletiu em um
filme igualmente interessante. Resta aos fãs esperar pelos dois últimos longas, que contarão a história do derradeiro Amanhecer, torcendo para que o roteirista acerte a mão como em Lua Nova, melhor da saga cinematográfica até agora. "

Ok, com essa eu me surpreendi. Críticos são pessoas difíceis.
Tudo bem, eu não posso criticar, não vi o filme ainda.
Mas, posso dizer que, algumas das adaptações que são feitas, me decepcionam; tanto em Crepúsculo quanto Lua Nova.
Apenas uma cena, que eu peguei meio por alto, do Edward querendo 'pegar' o Jake, sendo que no livro acontece totalmente diferente...

Mas, não sei... Quando eu assistir, vou poder 'criticar'.
Acho que eu sou fã demais, iludida demais, pra por algum 'defeito' tão grandioso que me faça não gostar do filme em si. Impossível isso.

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