Uma linda princesa, que vivia em um lindo castelo, com os lindos e perfeitos pais. Um dia, ela conheceu um lindo príncipe, foram morar num lindo e só deles castelo, tiveram lindos filhinhos e uma linda e perfeita vida. Aí, num belo dia... PUFF!
A princesa acordou.
E eu percebi que não, não sou linda nem sirvo pra princesa. Não, eu não moro num castelo nem tenho pais perfeitos. E, é, eu nunca vou morar num castelo. Triste realidade.
Então, quando eu acordei, me perguntaram: Quando foi que você cresceu? Eu não cresci. Não ainda.
Eu ainda quero me esconder atrás da saia da minha mãe e dos ombros do meu pai. Eu ainda quero que tudo seja do meu jeito, não quero ser contrariada. Eu quero ter uma vida de princesa.
Sabe, minha avó sempre dizia " A necessidade obriga." Eu não sou forte, e não sou mais sensata do que sentimental. Mas, a necessidade obriga. Eu já li, em algum lugar, que ninguém tinha noção da força que tinha, até que precisasse usá-la. Pois é, eu que o diga.
A necessidade me obrigou a usar uma máscara, me obrigou a 'crescer', me obrigou a ser forte.
Resiliência. Pense na Resiliência.
Sabe, acho que meus pais não me criaram pra que eu soubesse me cuidar sozinha; e eu nem tenho vontade de fazer isso. Ok, no ano anterior eles tiveram um surto: vamos dar liberdade a Carol e deixar que ela se vire sozinha. Já tá na idade.
Epa.
Como assim? Eu não sei me cuidar sozinha. Quem acabou surtando foi eu. Maaaaaaaas... Aí apareceu o Ariel. Aí eu me atirei nas corda e fiquei assistindo de camarote. Agora, eu tinha mais um pra cuidar de mim, e esse seria pra sempre. Então tá. Quem se atirou de volta foram meus pais, e redobraram os cuidados. Aí eu já não achei muita graça, porque já tinha o amor, né, mas...
Agora. Pensam que eu cresci.
Se eu tivesse crescido, não ficaria triste por pouco (ou por muito), não choraria tanto, não teria crises de raiva, estudaria (porque é disso que depende meu futuro) e não pensaria que 'eu não tenho futuro então azar'. Isso não é ser uma pessoa crescida. Mas... Deixa pra lá.
Chega de ladainha, né. Eu escrevi como se tivesse conversando com alguém... Estranho; mas é como se eu tivesse 'necessidade' de fazer isso.
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